Em abril deste ano, a empresa Red Bull assumiu o Bragantino, tradicional equipe do paulista, com a promessa de que o clube subiria da Série B para a elite do futebol nacional. A promessa está sendo cumprida pelo time comandado por Antônio Carlos Zago: o Bragantino lidera a competição com 71 pontos e uma campanha com 21 vitórias, 8 empates e 6 derrotas. Sites, como a Rivalo Brasil, já podem colocar o clube entre os candidatos à título no próximo ano.
A mudança no clube foi geral, a começar pelo nome. O time agora se chama RB Bragantino. Financeiramente, R$ 45 milhões foram investidos para disputar a Série B, segundo informações do site Globo Esporte. Para o próximo ano, a soma deve atingir R$ 200 milhões. O valor equipara o RB Bragantino com tradicionais equipes da elite, como Palmeiras e Flamengo, e supera outros gigantes, como Corinthians, Santos, Vasco da Gama e Botafogo.
A parceria entre Red Bull e Bragantino segue o formato das empreitadas de sucesso da Red Bull em Salzburgo, na Áustria, e Leipzig, na Alemanha. Os dois clubes disputam atualmente a Liga dos Campeões da Europa, principal competição de clubes do mundo.
Os gestores da empresa têm total autonomia para tocar o futebol, enquanto Marquinhos Chedid, presidente do Bragantino, toma a frente em compromissos mais institucionais, como a relação com federações e imprensa. No papel, o contrato é de dez anos, período estipulado para que o RB Brasil assuma controle total do clube, já que o Bragantino é um clube associativo e há a intenção de que ele seja transformado em clube-empresa.
O investimento de R$ 200 milhões para a próxima temporada tem alvo claro. A Copa Libertadores de 2021. “Meu um sonho é um dia receber um jogo de Libertadores aqui”, comentou Marquinhos Chedid, em entrevista à revista Veja. O CEO do projeto, Thiago Scuro, tem uma estratégia para utilização do dinheiro na reformulação do elenco. A ideia é contratar jogadores promissores, com idade entre 20 e 25 anos, que possam ter ser vendidos no futuro. Esse é o formato utilizado nos clubes da Áustria e da Alemanha.
Outro investimento futuro será a reforma do estádio Nabi Chedid, hoje com capacidade para 17 mil pessoas. “Estamos em fase de estudos, a intenção é transformar o Nabi Chedid em uma arena com mais conforto, onde possamos desenvolver outras ações. Não queremos que nosso torcedor passe só as duas horas de jogo ali, que encontre outras formas de entretenimento”, revelou Thiago Scuro à Veja.
Com elenco reformulado, estádio reformado e dinheiro em caixa, o RB Bragantino tem tudo para se transformar em um dos maiores clubes do Brasil. O time, que já disputou a final do Campeonato Brasileiro de 1991, diante do São Paulo, está cada vez mais próximo de voltar a sonhar com conquistas e títulos importantes.
