Polícia Civil investiga suposto estupro de menina de quatro anos em Vilhena

O crime teria ocorrido quatro vezes na casa do homem quando a mãe da criança pedia para que ela fosse buscar gelo. Segundo a delegada da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), Solângela Guimarães, o suspeito não foi preso em decorrência da falta de indícios necessários para lavrar prisão em flagrante.

Durante depoimento prestado à polícia, a mãe da vítima relatou que havia pedido para que a filha fosse buscar gelo na casa do vizinho, pois há algum tempo estão sem geladeira. Após o retorno da criança, a mãe chegou a conclusão de que a filha estava um pouco 'estranha'.

Ao perguntar para a filha o que teria acontecido, a menina contou que o homem havia passado a mão na barriga dela, na genitália e mostrado o órgão genital dele. Os pais, de imediato, procuraram as autoridades.

A menor de idade foi ouvida acompanhada de uma conselheira tutelar, e apontou com os dedos que o abuso teria ocorrido quatro vezes. O último, na noite de terça-feira (28). A mãe acrescentou que na ocasião, a filha teria permanecido na casa do suspeito durante 15 minutos.

Foi realizado exame de corpo de delito e o médico legista não constatou rompimento do hímen. De acordo com a delegada Guimarães, mesmo não havendo conjunção carnal, a lei qualifica o ato libidinoso como estupro a vulnerável devido a vítima ser menor de 14 anos.

A Polícia Militar (PM) conduziu o suspeito para a delegacia e, durante depoimento, ele negou as acusações. Devido o crime não ter acontecido no dia em que os pais denunciaram à polícia, não foi possível lavrar pedido de prisão em flagrante e o idoso foi liberado.

Conforme a DPCA, a criança será encaminhada para receber atendimento psicológico durante o andamento do inquérito. Após o levantamento de provas e do relatório psicológico, todas as testemunhas serão ouvidas novamente. Caso o suspeito seja indiciado, o Ministério Público fará denúncia.