Porto Velho, RO - O ministro de Obras Públicas, Yerko Núñez, denunciou que as pessoas encarregadas da Companhia de Aviação Boliviana (BoA), estatal, ocultavam relatórios de auditorias internas, que mostram ineficiência administrativa e perdas milionárias.
Núñez explicou que o relatório havia sido encomendado em abril de 2019 pelo ex-ministro Oscar Coca; no entanto, as irregularidades foram mantidas em reserva e não foram investigadas .
Segundo a autoridade, foi observado baixo cumprimento nos objetivos operacionais nas etapas de 2017 e 2018 , ausência de estruturas de custos operacionais, compra de peças de reposição para emergências, aumento de despesas e queda de lucros, entre outras irregularidades .
Segundo Núñez, o BoA para a coleta de Bs 1 gasta Bs 2 , argumentando, sem dar números, que nas administrações de 2017 e 2018 os custos da companhia aérea estatal aumentaram consideravelmente.
Para a autoridade, não é por acaso que os lucros relatados pela BoA em 2017, de aproximadamente Bs 24 milhões, caíram para Bs 4 milhões na administração de 2018.
Ele também alertou que, em agosto de 2019, Bs 120 milhões de reservas internacionais foram alocadas à BoA para renovar sua frota, mas 35% estavam destinados à compra de peças de reposição.
O ministro acrescentou que, tendo encontrado evidências de omissão, negligência e possíveis atos de corrupção , uma auditoria operacional será iniciada.
Massacre de brancos negado na BoA
Juan Carlos Ossio, gerente da BoA, negou a existência de um "massacre de brancos" na empresa estatal. Ele disse que existem 1.800 funcionários e que durante o seu governo ele mudou apenas dois gerentes que dependiam diretamente dele, um foi demitido e o outro renunciou.
