Porto Velho, RO - Advogados de pessoas delatadas por Antonio Palocci vçao encaminhar representação contra o ex-ministro por denunciação caluniosa. Foi este delito que Palocci cometeu ao dar “causa à instauração de investigação” contra alguém “imputando-lhe crime de que o sabe inocente”.
Palocci fez uma série de acusações no acordo de delação que firmou com a Polícia Federal. Investigações posteriores, no entanto, mostram que ao menos algumas delas não se sustentam em provas.
No domingo (16), a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo publicou relatório da própria PF dizendo que delação do ex-ministro acusando o banco BTG de administrar uma conta de propinas para Lula não foi confirmada e era baseada em notícias de jornais.
A Polícia Federal concluiu que as acusações feitas por Antonio Palocci e vazada pelo então juiz Sergio Moro às vésperas das eleições de 2018, sobre um suposto caixa milionário de propinas para Lula administrado pelo banqueiro André Esteves, do BTG, não têm provas e foram todas desmentidas pela investigação.
De acordo com a PF, depoimentos de testemunhas e de delatores desmentiram a delação de Palocci, que ganhou prisão domiciliar, além de benefícios em seus processo em troca da delação.