Pedro Castillo toma posse nesta quarta-feira como presidente do bicentenário da independência do Peru

Pedro Castillo toma posse nesta quarta-feira como presidente do bicentenário da independência do Peru

Porto Velho, RO - O Peru comemora nesta quarta-feira (28) o bicentenário da independência nacional, com grande expectativa para o início do governo de Pedro Castillo, o primeiro professor e líder social eleito presidente em 200 anos, que será empossado no mesmo dia, informa a Prensa Latina.

Castillo tomará posse em uma sessão solene do Congresso da República, no marco das celebrações dos 200 anos da proclamação da independência peruana pelo Libertador José de San Martin, que foi consolidada pelo exército do Libertador Simón Bolívar, três anos depois.

Castillo dará um recado ao país na cerimônia, e há expectativa em torno do programa de mudanças que ele traçará em seu discurso e que inclui um referendo e uma assembleia constituinte, o que gera resistência dos conservadores e das forças neoliberais.

O evento contará com a presença dos presidentes da Argentina, Alberto Fernández; Bolívia, Luis Arce Catacora; Chile, Sebastián Piñera; Colômbia, Iván Duque e Equador, Guillermo Lazo.

Haverá também vice-presidentes, chanceleres e outras autoridades de vários países, representando seus dirigentes, e convidados especiais, entre os quais se destaca o ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que chegou com uma delegação de lideranças sociais de seu país.

O novo presidente planeja uma cerimônia extra para daqui a dois dias, na região andina central de Ayacucho, na Pampa de Quinua, palco da batalha que selou o fim do colonialismo espanhol na América do Sul.

Além da mensagem do novato chefe de Estado, na imprensa e na população a expectativa é grande pelo encontro com os membros do gabinete ministerial de Castillo, que prestarão juramento esta tarde, já instalados no palácio do governo.

A composição da equipe ministerial desperta, ademais, grande interesse, pois dará uma ideia da nuance que caracterizará o início da gestão de um governante humilde e que terá que lidar com um parlamento com maioria de oposição e uma extrema direita beligerante que não se resigna a derrotar.