Milton Lyra e Francisco Maximiano (Foto: Reprodução | Jefferson Rudy/Agência Senado)
Porto Velho, RO - A intensificação das investigações da Polícia Federal, realizada após o término dos trabalhos da CPI da Covid, possui como um dos principais alvos Milton Lyra, apontado como operador de propinas de políticos do MDB, e o empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos.
Max, como o empresário é conhecido, é suspeito de pagar propina ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) e a outros emedebistas por intermédio de Lyra em troca de contratos públicos na década passada. “Entre os pagamentos estariam repasses da Precisa, intermediária nas negociações de compra da vacina indiana Covaxin”, diz reportagem do jornal O Estado de São Paulo. Maximiano teve seu pedido de indiciamento solicitado pelo senador no relatório final da CPI.
Lyra, por sua vez, diz ter pago “um preço alto por ter boas relações em Brasília”, e “acusou os investigadores de perseguição para incriminar Renan. Relatou, também, ter sofrido ‘tortura psicológica’ de um procurador da Lava Jato para que se tornasse delator. Após diversas ordens de bloqueio de bens em inquéritos, Lyra tem operado seus negócios e custeado sua vida luxuosa entre Brasília e São Paulo por meio de empresas em nome de um morador da periferia da capital paulista.
Nos últimos seis anos, Lyra foi alvo de 11 mandados de buscas e apreensões e chegou a ser preso em uma ocasião. “Os inquéritos em fase final tentam identificar se contratos públicos e aportes do Postalis, fundo de pensão dos Correios, firmados com empresas de Max teriam sido desviados para pagar Lyra na condição de operador de emedebistas como Renan, o ex-deputado Eduardo Cunha (RJ) e o ex-ministro Romero Jucá (RR)”, diz a reportagem.