Policial Militar tem pedido de soltura negado pelo Tribunal de Justiça

Policial Militar tem pedido de soltura negado pelo Tribunal de Justiça

Porto Velho, RO - O policial militar R.A.P, de Ariquemes, teve seu pedido de soltura negado pelo juiz Enio Salvador, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia. Ele é um dos presos da Operação Deforest que agia na região de Cujubim realizando ações de extorsão contra moradores da zona rural daquele município.

 A Operação foi realizada pela Polícia Federal dia 23 de outubro desse ano e tirou de circulação vários membros da organização, composta por empresários, agentes públicos e pistoleiros que intimidavam e extorquiam pequenos agricultores.  As prisões foram ordenadas pelo juízo da 1ª Vara Criminal de Ariquemes. 

Segundo a denúncia feita pela Delegacia de Crimes Patrimoniais Federais o policial agia na qualidade de “policial militar colaborador do grupo integrante do núcleo operacional da organização” que é voltada ainda à prática de homicídios e lavagem de dinheiro, especificamente na linha 106 ´Soldado da Borracha´. 

O policial militar acusado, ao se defender das acusações e pedir sua liberdade, alega que é profissional há 17 anos, está afastado do convívio familiar, tem filhos menores para criar, residência fixa, e que não há com provação de seu envolvimento no crime, e por isso, sua prisão é desnecessária e extrema.  

A Justiça considerou insuficientes as alegações do acusado e, por hora, manteve sua prisão. “Os fundamentos apresentados pelo impetrante não se mostram suficientes para ensejar a imediata soltura do paciente, cujo decreto prisional foi justificado na presença dos requisitos da preventiva”, disse o magistrado.

INVESTIGAÇÕES

Durante as investigações, iniciadas pelo MP/RO, foram empreendidas ações com o objetivo de neutralizar a organização criminosa, especializados em intimidar e ameaçar agricultores da região de Cujubim/RO, com o objetivo de esbulhar terras na zona rural daquele município para depois vendê-las a outras pessoas ou extrair madeira ilegalmente.

Os integrantes da ORCRIM criaram uma estrutura armada para proteger os interesses fundiários do líder do grupo, e para tanto valeram-se do poderio econômico e dos cargos nas forças de segurança para ameaçar, extorquir e intimidar moradores da região denominada “Soldado da Borracha”.

Os indiciados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de associação criminosa, extorsão, esbulho possessório, ameaça e lavagem de dinheiro. Cerca de 150 policiais federais participam da operação, que cumpriu 16 mandados de prisão preventiva e 22 de apreensão nas cidades de Ariquemes/RO, Cujubim/RO, Montenegro/RO, Porto Velho/RO, Manicoré/AM e Araçatuba/SP.