Governo de Rondônia adere ao programa “Centelha” do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI)
Porto Velho, RO - As ideias inovadoras que estimulam a cultura empreendedora agora passam a ter apoio financeiro do Programa Centelha em Rondônia. Isso foi possível após o Governo de Rondônia aderir e investir nessa iniciativa do Governo Federal promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O lançamento do edital para os interessados em apresentar propostas ocorreu na manhã desta quinta-feira (16), no Palácio Rio Madeira (PRM), em Porto Velho.
Na solenidade, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes e o governador de Rondônia Marcos Rocha destacaram o esforço conjunto para trazer o Centelha para o Estado. ‘‘Nós temos o sonho de fazer o desenvolvimento do nosso País e eu agradeço ao Governo Federal por gerar essa oportunidade para a nossa população. Podem contar com o Governo de Rondônia para ajudar no fortalecimento do País’’, disse o governador Marcos Rocha.
Focado na geração de empregos, o governador destaca ainda que a inovação e tecnologia possuem um papel essencial para dar mais qualidade de vida à população, e que o Centelha vem para consolidar os avanços em desenvolvimento que Rondônia tem alcançado.
‘‘Defendo que temos que dar oportunidade para nossa gente, pois, por meio disso são gerados empregos e desenvolvimento. Temos lutado muito por isso, e reconheço que as pesquisas, essa valorização da inovação e tecnologia, tem feito o nosso País crescer’’.
‘‘Agradeço pelo trabalho que Rondônia tem feito para o Brasil. O Estado não tem se destacado à toa. Fico muito feliz de trazer o Centelha para este Estado. É um programa que tenho muito orgulho, pois busca ser a partida para transformar muitas ideias inovadoras em empresas. A gente precisa de conhecimento, e de tecnologia para transformar esse conhecimento em riquezas para o nosso País. Esse programa tem um grande capacidade de alavancar ideias, isso é importante para todos, especialmente para os jovens que tem muitos sonhos.’’, considera o ministro.
INVESTIMENTOS
Para Rondônia são destinados cerca de R$ 1,2 milhão para o desenvolvimento do programa. Desse investimento, conforme edital, quase R$ 300 mil são recursos do Governo de Rondônia por meio da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa Rondônia (Fapero), e R$ 880 mil é da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do MCTI.
No Estado, o Programa Centelha é executado pela Fapero. ‘‘É uma oportunidade para todos os cidadãos rondonienses, onde os empreendedores terão realmente na política pública o apoio da União e do Estado de Rondônia. Envolve parceria entre desenvolvedores de pesquisa, ciência, inovação e tecnologia, e os inovadores terão acesso a mentoria para transformar ideias em empresas. Para os que têm uma boa ideia, essa é a hora de torná-la uma realidade’’, disse o presidente da Fapero, Paulo Haddad.
O projeto tem parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e do Certi (Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras).
Lançamento do edital do Centelha ocorreu Palácio Rio Madeira, em Porto Velho
INSCRIÇÕES
O programa será aberto para acadêmicos e a sociedade em geral que tenham ideias inovadoras. Haverá 60 dias para as inscrições serem realizadas. Elas começam nesta quinta-feira (16) e seguem até 18 de fevereiro.
Os selecionados receberão benefícios de subvenção (para cobrir despesas de seus custeios) de mais de R$ 53 mil, acesso a capacitações e a parceiros que vão ajudar na trajetória.
Também há oportunidade de concessão de bolsas de Fomento Tecnológico e Extensão Inovadora do CNPq de até R$ 26 mil por projeto de inovação.
O processo de seleção do Centelha é divido em três fases. A primeira é para submissão da ideia, respondendo às seguintes perguntas: Qual o problema que quer resolver? Qual a solução que irá propor para isso? Qual o diferencial? E quem é a equipe que vai desenvolver esse projeto? Já na segunda fase é para desenvolver projeto de empreendimento, demonstrando viabilidade.
Na fase 3 é para desenvolver o projeto de fomento, ou seja, definir como o recurso financeiro será usado no projeto, e no final, os projetos aprovados terão um período para constituir a empresa. Após isso, a empresa passará por pré-incubação, já com dinheiro em conta e com uma série de capacitações para desenvolver o negócio.
Presidente da Fapero, ressalta que empreendedores terão apoio da União e de Rondônia
NOVIDADES
O ministro aproveitou a oportunidade para apresentar o ‘‘menu’’ tecnológico e de inovação que são desenvolvidos pelo MCTI.
Entre as iniciativas ele citou a chamada pública que destina R$ 180 milhões para parques tecnológicos no País, o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19; a chamada universal do CNPq/MCTI; o Letramento Digital; auxílio para crianças de baixa renda que se destacam nas olimpíadas científicas.
O ministro ainda garantiu novos programas sendo desenvolvidos em Rondônia: o Brasil Futuro que estimula empreender no campo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs); e o monitoramento de obras públicas via satélite. ‘‘Se a gente não desenvolver ciência e tecnologia, vamos ficar muito para trás em qualquer escala de competitividade. Todos os países desenvolvidos investiram nisso. Por isso, o Brasil tem investido no desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação’’, pontuou.
Também estiveram na solenidade os deputados federais Chrisóstomo e Mariana Carvalho, secretária de Articulação e Promoção do MCTI, Cristiane Correa, secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim, o presidente do CNPq Evaldo Vilela, o presidente da Finep, general Waldemar Barroso Magno Neto, além dos representantes de instituições de pesquisa e educação.